por Thaís Corguinha, para o site TecnolTudo.
Um fato relevante recente na história da telecomunicação brasileira é o fim da recuperação judicial da OI.
Em resumo, podemos dizer que, durante esses seis anos de negociações com os credores da empresa, a dívida da Oi conseguiu ser reduzida de R$ 65,38 bilhões para R$ 21,92 bilhões por diversas estratégias, desde conversão de dívidas em participações acionárias na companhia até a venda de ativos da empresa de telefonia. Em 2020, a Oi foi vendida para Vivo, Tim e Claro por R$16,5 bilhões para preservar o equilíbrio no setor. No ano de 2021 foi a vez da empresa de rede de fibra óptica da Oi a ser vendida por um total de R$ 12,92 bilhões, desta vez para fundos de investimentos e a uma empresa de cabos submarinos. Já em agosto deste ano a empresa vendeu 8 mil torres de telefonia fixa por R$ 1,697 bilhão.
Diante do anúncio da recuperação, as ações da companhia na B3, a Bolsa de Valores brasileira, dispararam. A Oi, como empresa, sofreu com acionistas que literalmente pilharam a companhia; com uma regulamentação pesada e desproporcional em relação a outros setores da economia; com políticas públicas desastrosas; com erros de gestão que se acumularam por conta de uma estrutura de governança que priorizava os controladores e não a empresa.
